Pelo menos não disfarçamos sequer por um segundo. Dentro de nós, Palestrinos e seguidores, um sentimento estranho em 2010, não tivemos aquele frio na barriga costumeiro mesmo em um Palmeiras x Ituano, nem mesmo nos clássicos, ou nas eliminátórias da Copa do Brasil.
Todos nós sabíamos que iríamos cair, a qualquer hora, em qualquer estádio, nenhum discurso diretivo nos enganava, nenhuma mudança nos agradava, estamos calejados definitivamente.
Nos salvamos da ilusão, aprendemos um pouco em 2009, como disse um dia Felipão, cachorro mordido por cobra, tem medo de linguiça.
Quando ganhamos dos bambis em casa, ninguém soube como, dos lambaris então, obra de sei lá quem.
As pespectivas são as piores, não temos nada, diretoria, treinador, jogadores....
Não é só a ressaca do ano passado, mas finalmente chegamos na maturidade de colocarmos-nos no nosso devido lugar.
O que mais apavora, é o fato de que em pouco tempo, não terei mas meus canto preferido no Palestra pra chorar, ou me esconder.
Não poderei comer o Dog cansado no intervalo, não por fome, mas por puro nervoso e ansiedade.
Não poderei mais brigar com os espectadores da descoberta por estar vendo o jogo de pé, e nem ouvirei meus chapas me pedirem calma, pois na Arena, estarei calmo como se estivesse no Municipal.
Não ter esses sentimentos me apavoram, pois fora do Palestra me sobram tão poucos sentimentos reais...
Nosso rival saiu da Libertadores, mas quem não sabia que isso ia acontecer?
Não é consolo não.
Nosso 7 tá indo embora, é só mais um ídolo que criamos e destruimos sem saber se realmente era.
Palmeiras, Palestra, é dia de festa no meu coração!
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
As Marginais Tietê e Pinheiros do Palmeiras
Depois de ver o jogo de hoje contra a Portuguesa, infelizmente pela tela do computador, devido ao nojento horário estabelecido pela FPF, tão bem comentado pelo Barneschi em seu blog, (www.forzapalestra.blogspot.com) acabei de constatar que o time do Palmeiras está sofrendo o mesmo problema que os motoristas paulistanos com as vias paralelas e vitais, as Marginais Pinheiros e Tietê.
Considero nossas laterais como as vias de trânsito citadas acima, rota de alta velocidade e caminhos em linha reta para chegar ao objetivo traçado.
Comparo as chuvas que andam alagando nossa cidade as dificuldades que enfrentamos quando jogamos até contra os pequenos.
Nossa Marginal Pinheiros, chama-se Figueroa, flui até que bem, mas as poças dágua tiram a velocidade e deixam o percurso lento. As vezes por ela chegamos bem ao objetivo, mas poderíamos estar bem melhores servidos, o chileno bate bem na bola e tal, mas é lento demais, fraco na marcação, não faz gol e some na hora do vamos ver.
Mas nosso maior problema hoje é a nossa Marginal Tietê, mais conhecida como Pablo Armero.
Simplesmente intransitável, totalmente alagada, provoca acidentes sérios e precisa ser modificada urgentemente.
Nosso 6 passa pelo mesmo momento, sem condição emocional, técnica e tática para jogar, tem disposição, mas isso é obrigação.
Agora vamos aos possíveis responsáveis, nosso prefeito, preocupado em construir túneis, parques, limpar a cidade das propagandas, acabou deixando as enchentes se tornar nosso maior problema.
Nossa diretoria, sonhando com ídolos que partiram por incompetência, tomando chapéu atrás de chapéu, perdendo o planejamento do começo de temporada e esquecendo que não temos laterais para honrar nosso manto.
O sofrimento para o palestrino paulistano neste começo de 2010 é um só, alagado na rua e no campo.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
o cara das trancinhas
- Agora pode entregar a taça.
Foi essa a minha reação quando soube da contratação do cara das trancinhas no momento em que eramos líderes do brasileirão mesmo estando na cara que precisávamos de um centro avante.
E não era qualquer um, era nosso matador em um dos momentos mais difíceis de nossa história, era um cara que nasceu para o futebol com a nossa camisa, que sabia exatamente o que iria encontrar, que não teria problemas com adaptação e que tiraria de letra a pressão pelo título perto da que sofrera na campanha da série B.
Mas tinha me esquecido de um detalhe, ele com menos de um mês de Rússia, voltou e chegou a praticamente vestir a camisa do nosso maior rival.
Perdoei quando vi sua vontade de voltar para sua casa e seu pseudo arrependimento no ato sujo.
Só que caráter e lealdade vem de berço, de família, basta ver sua irmã bandeando-se para a escola de samba e torcida rival e sua mãe mulamba fazendo propaganda para ele jogar no Rio.
E após sua não mais que mediana atuação com nossas sagradas cores e o fracasso no campeonato, ele se bandeou para o lado dos gambás rubro-negros, fazendo-me lembrar e sentir exatamente como ná época em que o Edmundo fez a mesma coisa.
Tenho certeza que no fim da carreira, esse mulambo sentirá o mesmo arrependimento do animal, mas não terá a chance de redimir-se.
Que alívio não ter mais esse cara no Palmeiras, de ir amanhã ao Palestra e gritar por um atacante novo, coisa que estamos acostumados a fazer e nunca nos tirou pedaços.
Vá com Deus no começo do fim da sua carreira de jogador vagabundo.
Leve o apelido de Love para os bailes funks e orgias no Rio de Janeiro, cuidado com os Anti-Doppings da vida, e se prepare para vir jogar no palestra e receber-nos no Maraca, você vai sentir uma inveja que não imagina.
O Palmeiras está limpo a partir de hoje....
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Agora é tarde queridos diretores!
Passamos o ano inteiro sofrendo atrás de ingressos para ver o verdão jogar fora de casa.
Passamos o ano inteiro tentando convencer vocês de que os ingressos precisavam ser mais baratos pois a grande maioria de torcedores de verdade e que acompanham o time semanalmente estavam malucos de tanto gastar dinheiro, e que precisávamos lotar o Palestra de torcedores verdadeiros, para realmente fazermos a diferença.
Passamos o ano inteiro implorando para que não jogássemos os Derbys no interior, pois além da parte financeira sabíamos que para o título seria vital jogar na capital.
Passamos o ano inteiro tendo que, por vezes, comprar ingressos de uma minoria de torcedores que se aproveitam das nossas torcidas organizadas para vender ingressos ao dobro do preço para pagar suas viagens e suas cachaças.
Passamos o ano inteiro em contato com as companhias aéreas e suas intermináveis esperas telefônicas para alterar nossas passagens devido aos nojentos remanejamentos de datas de jogos, sempre em cima da hora e em alguma situação até mais de uma vez, e mesmo assim tivemos que pagar caro pelas alterações.
Passamos o ano inteiro falando para todo mundo que nossa diretoria enfim trabalharia para sermos campeões.
Passamos o ano inteiro, ao visitar a maioria dos estádios do campeonato, constatando que o preço do nosso ingresso é o mais caro do Brasil.
Agora vocês abaixaram o preço do ingresso para o jogo contra o Atlético Mineiro para que?
-Fazer média com a torcida depois das mais recentes cagadas?
-Lotar o Palestra para fazer uma despedida de 2009, afinal vocês morrerão de saudades da gente?
-Agora sim nossa presença será fundamental para sermos campeões?
-Já obtiveram o lucro desejado no ano e sendo assim nos darão uma colher de chá?
Francamente, coloque o ingresso ao preço que vocês quiserem, se não perceberam, estaremos lá de novo, burros?
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
95 ANOS DE UM GRANDE AMOR
Parece que eu estava vendo, mesmo que com alguns segundos de vida, a chuteira alvi-verde pregada na porta do meu quarto da maternidade onde nasci.
Anos depois fiquei sabendo que nosso hino foi cantado várias vezes nesse dia, regado a muito vinho e lágrimas pelo nascimento do primeiro neto de uma família em que não existem integrantes que não amam o Palestra.
O verde sempre me acompanhou, de criança, nos primeiros dia de escola, na hora de jogar bola, ao entrar em casa, enfim, tudo muito natural e agradável aos meus olhos.
Já era tarde, meu coração havia sido preenchido por um sentimento que levarei para sempre, muitas vezes incompreendido pelas pessoas que mais gostam de mim, mas ao mesmo tempo admirado e respeitado.
Amor puro, sem querer nada em troca, sem ciúmes.
Tardes e noites inesquecíveis, alegrias e tristezas caminhando lado a lado, mas sem nunca interferir nas raizes deste sentimento.
Uma trajetória que começou de mãos dadas com o avô que me abriu as portas dos estádios, que passou por meu pai, tios, tias, que durante um bom tempo foi solitária, e que hoje me presenteia com novos amigos que vivem a Palestrinidade de uma maneira igual a minha.
Desculpas para as pesssoas queridas que as vezes deixei de lado por um jogo "sem importância", ou um fim de semana "perdido" por causa do Palmeiras, vocês não são obrigados a entender essa loucura.
Hoje o Verdão completa 95 anos, e é impossível desvincular a minha história a da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Parabéns, você é eterno, obrigado por existir.
Palestrinos, Auguri!
Hoje é dia de festa no meu coração!
domingo, 23 de agosto de 2009
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